Primeiro porque um eVTOL ocupa um enorme espaço e por isso não se imaginam estacionamentos capazes de abrigar centenas deles como num shopping center.
Para ser ter uma ideia, a Joby Aviation, uma das empresas mais avançadas nesse campo, desenvolve uma aeronave com 6,4 metros de comprimento e 11,6 metros de envergadura. Com seis rotores, o eVTOL ocupa uma área de cerca de 74 m², ou o equivalente a nove Jeep Compass.
Outra startup, a Volocopter, estima que a área mínima para operação de um modelo como esse é de 500 m², mas o ideal para a criação de um “Vertiporto”, com infraestrutura mais adequada, é de 1.000 m² - espaço suficiente para estacionar uma centena de SUVs.
VOO AUTÔNOMO
Ou seja, não pense que em breve veremos tantos desses veículos voadores circulando com seus proprietários ‘ao volante’. Pelo contrário: embora os primeiros protótipos sejam pilotados por humanos, a tecnologia de eVTOL se apoia justamente numa condução autônoma a fim de oferecer um custo acessível.
CUSTO AMBIENTAL DOS CARROS VOADORES
Em distâncias maiores, um carro voador de um passageiro produz menos emissões do que um veículo movido a gasolina fazendo o mesmo trajeto pela estrada.
De acordo com os modelos desenvolvidos por Kasliwal, para uma única pessoa viajando 100 quilômetros, as emissões de um carro voador seriam 28% mais altas do que as de um veículo elétrico, mas 35% mais baixas do que as de um veículo a gasolina.
Mas, para viagens mais curtas - 35 quilômetros ou menos - os veículos de motor a combustão interna com um único ocupante consomem menos energia e produzem menos emissões de gases do efeito estufa do que os VTOLs com um único ocupante. Esta é uma consideração importante, porque o deslocamento médio de
Por fim, a realidade é que não basta apenas um carro voar… Afinal já existem as aeronaves para comprovar que tem tecnologia o suficiente para colocar um veículo no ar. A questão é criar mecanismos e encontrar maneiras para que essa mobilidade seja mais assertiva para todo setor socioeconômico.
Isso sem falar no fator segurança afinal voar é uma tarefa muito mais complicada do que conduzir um veículo numa estrada. Se a direção ativa dos carros ainda poderá ser uma opção no futuro, na mobilidade aérea ela é mandatória, portanto, o carro voador do desenho Jetsons: impossível com a atual tecnologia.
Bibliografia:
Artigo: Role of flying cars in sustainable mobility
Autores: Akshat Kasliwal, Noah J. Furbush, James H. Gawron, James R. McBride, Timothy J. Wallington, Robert D. De Kleine, Hyung Chul Kim, Gregory A. Keoleian
Revista: Nature Communications
Vol.: 10, Article number: 1555
DOI: 10.1038/s41467-019-09426-0
Autoo:
Ricardo Meier