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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Por: Antonio Carreira

AIDS -  IST 

 

AIDS -  IST (infecções sexualmente transmissíveis) 

 

Existem as ISTS (infecções sexualmente transmissíveis), a tal da gravidez indesejada, o não uso da camisinha, a imaturidade para entender a necessidade do uso dela, e todas as outras questões psicológicas, que acarretam um ato inconsequente e que indicam uma prematuridade para ter essa primeira relação sexual...

 

Entendendo: As doenças sexualmente transmissíveis, conhecidas pela sigla DSTs, são doenças transmitidas, principalmente, através de relações sexuais com uma pessoa infectada - e sem o uso de métodos de barreira, como a camisinha e o preservativo feminino.

 

O contágio por DSTs também pode ocorrer de mãe para filho, durante a gravidez ou parto, através do compartilhamento de seringas ou devido a uma transfusão de sangue infectado. Um alerta sobre doenças sexualmente transmissíveis, em qualquer idade, o sexo exige proteção.

 

É preciso alertar para o aumento no índice de doenças sexualmente transmissíveis em idosos, incluindo o HIV.

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Os mais velhos raramente usam preservativos, mas também devem evitar o comportamento de risco, usando camisinha para evitar doenças.

 

No ano de 2015 o Brasil registrou 47% de todos os novos casos contabilizados na América Latina. A estimativa do Unaids é que 1,6 milhão de pessoas vivem com HIV na região. A maioria dos casos (75%) se concentra em cinco países – Argentina, Brasil, Colômbia, México e Venezuela.

 

O cálculo é que, na região, dez novas infecções por HIV são registradas a cada hora e aproximadamente um terço das novas infecções na América Latina ocorre em pessoas jovens, com idade entre 15 anos e 24 anos.

 

Em junho de 2016, no mundo todo cerca de 18,2 milhões [16,1 milhões-19,0 milhões] de pessoas tiveram acesso ao tratamento antirretroviral, incluindo 910.000 crianças, o dobro do número registrado cinco anos atrás. Confira gráfico abaixo.

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E INFERTILIDADE

Uma das principais e mais graves consequências das ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) é a possibilidade de causar infertilidade feminina e infertilidade masculina, mesmo após o tratamento realizado e os microrganismos causadores destas doenças já erradicados. Isso quer dizer que as sequelas das ISTs podem levar à infertilidade.

 

Como é muito comum que essas infecções sejam assintomáticas, especialmente logo após a contaminação e nas fases iniciais, homens e mulheres podem demorar para identificar alterações que motivem a busca por atendimento médico – e esta demora é um dos principais fatores que contribuem para aumentar os riscos de infertilidade por DSTs.

 

A prevenção destas doenças normalmente só pode ser feita com o uso regular de preservativos. Este texto traz informações importantes sobre a real relação entre as ISTs e as possibilidade de infertilidade conjugal, bem como seus principais sintomas, para que possam ser identificadas de forma precoce e tratadas a tempo.

 

O que são iSTs?

As ISTs, ou infecções sexualmente transmissíveis, são assim agrupadas segundo a principal – embora não única – via de contágio e transmissão: relações sexuais sem o uso de preservativos (camisinhas feminina e masculina).

Estas infecções são sempre causadas por microorganismos, incluindo vírus, bactérias, fungos e protozoários, e, embora cada DST manifeste sintomas específicos, alguns sinais gerais podem ser identificados.

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A presença de secreção vaginal e peniana com odor alterado, coceira genital, sangramento e dor durante as relações sexuais e também ao urinar, podem indicar a presença de ISTs, ainda que na maior parte dos casos as fases iniciais da contaminação sejam assintomáticas.

 

Isso faz com que homens e mulheres possam demorar mais para buscar tratamento, permitindo que as infecções se espalhem pelo trato reprodutivo, podendo atingir as estruturas superiores, como útero, tubas uterinas, ovários, peritônio, epidídimos e os próprios testículos.

 

Como as ISTs podem causar infertilidade?

Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de infertilidade conjugal pela contaminação por ISTs é a demora em buscar tratamento, por isso vamos conhecer um pouco melhor as principais doenças sexualmente transmissíveis, que podem prejudicar a capacidade para ter filhos:

  • Clamídia;
  • Gonorreia;
  • Sífilis;
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Clamídia
 

Causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, a clamídia é uma das ISTs mais frequentemente associadas à infertilidade e assintomática na maior parte dos casos.

 

As primeiras estruturas parasitadas pela bactéria normalmente são o canal vaginal e o colo do útero, nas mulheres, e a uretra masculina.Nos tecidos parasitados pela bactéria podem restar, mesmo após o tratamento, cicatrizes que prejudicam as funções das estruturas afetadas. Quando o tratamento não é feito de forma precoce, a infecção pode evoluir para estruturas superiores, que também podem apresentar cicatrizes após o tratamento.
 

Quando essas cicatrizes estão localizadas no endométrio e nas tubas uterinas, podem levar à infertilidade feminina por falhas na receptividade endometrial e por obstrução tubária, enquanto nos homens, a infertilidade é provocada pela obstrução dos epidídimos ou do cordão espermático como um todo, levando à azoospermia obstrutiva e infertilidade.

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Gonorreia

Com sintomas e consequências bastante semelhantes ao que encontramos na clamídia, a gonorreia também é uma IST bacteriana, provocada pelo contato com a bactéria Neisseria gonorrhoeae, em que mais uma vez não se observa sintomas na maior parte dos casos.

A infecção gonocócica também pode levar à formação de aderências que obstruem as tubas e dificultam a implantação, mesmo após o tratamento, assim como observamos na clamídia.
 

Sífilis

A sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, figura entre as ISTs mais temidas da população sexualmente ativa, principalmente pelos riscos de morte que a doença traz, se não tratada a tempo, infertilidade e por perdas gestacionais.

Esta doença se manifesta em três principais fases, com sintomas e consequências específicos, e intercaladas por períodos em que a doença fica latente: sem sintomas e sem a capacidade de transmissão.

 

A principal consequência da sífilis para a fertilidade afeta especialmente a capacidade reprodutiva das mulheres, que podem passar por perdasgestacionais decorrentes da infecção ativa, e também porque a doença pode atravessar a barreira placentária e contaminar o bebê, levando à problemas graves e à morte.

Quais os tratamentos e possibilidades para quem deseja engravidar?

 

O diagnóstico para a identificação dos agentes microbianos que provocam as ISTs é feito normalmente com a testagem sanguínea ou análise laboratorial das secreções vaginal e peniana.

 

É importante lembrar que as infecções bacterianas – como clamídia, gonorreia e sífilis – podem ser erradicadas com tratamento antibiótico, realizado com medicamentos administrados em doses únicas ou durante um período continuado, que dura em média 7 dias.

As parcerias daqueles que foram diagnosticados com ISTs devem também passar pelos exames e tratamento, para controle e prevenção de eventos de recontaminação.

 

Contudo, especialmente nos casos em que, mesmo após o tratamento, homens e mulheres continuam apresentando dificuldades para engravidar em decorrência das ITSs, também a reprodução assistida pode ser indicada.

A FIV (fertilização in vitro) é a técnica que se mostra mais adequada e abrangente, sendo indicada para os casos em que as tubas uterinas e epidídimos estão obstruídos.